quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dilma vai trocar toda a diretoria





Pelo visto, Dilma vai ter que cortar na própria carne



Depois que a disputa pelo comando de Furnas Centrais Elétricas provocou uma guerra entre grupos do PT e do PMDB, a presidente Dilma Rousseff tomou uma decisão radical: trocar não apenas o presidente, mas também os cinco diretores, e rejeitar qualquer indicação política.

Mas como tudo que parte dessa turma nunca é sério, diante desse quadro, os partidos estão em busca de técnicos do setor elétrico. Esta não é só uma tentativa de manter a influência no segundo escalão do governo, mas também de não deixar que a Dilma venha a cair na “boca do povo” como mais uma piada.

Hélio Costa que seria a saída para o PMDB continuar mandando, já é peça descartada. Mesmo sendo o candidato derrotado em Minas para ajudar a Dilma, não é o nome. Mas o partidão insiste em emplacar o novo presidente da estatal com perfil técnico que agrade ao Planalto.

E o mais interessante disso tudo é que os petistas não se opõem a esse arranjo, lógico, desde que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não esteja no páreo.

O nome do técnico Flávio Decat, ex-diretor de distribuição da Eletrobrás, circulou como favorito para a assumir Furnas, mas fontes do PMDB e do Ministério das Minas e Energia, no entanto, afirmaram que a articulação, mesmo tendo o aval do senador José Sarney e da presidente Dilma, não deve rolar porque que os peemedebistas do Rio de Janeiro haviam reagido negativamente e assim não havia como negociar.

O que mais apavora a turma da “boquinha” é que logo que tomou posse, na terça-feira, como deputado em Brasília, o tucano Antonio Imbassahy (BA) redigiu o requerimento para abertura de uma CPI para investigar operações suspeitas em Furnas e promete começar imediatamente a colher as assinaturas necessárias para a investigação parlamentar.

No momento em Furnas, o PMDB tem as diretorias Financeira, com Luiz Henrique Hamann, indicação do senador Romero Jucá (RR), e de Construção, ocupada por Márcio Porto. Já o PT tem os diretores de Operação, Cesar Zani, e de Gestão, Luiz Fernando Paroli, ligado ao deputado Odair Cunha (PT-MG), mas afinado com o grupo de Nadalutti.

Como a Dilma quer uma diretoria profissional, sem indicação política e sem repetir nomes, ela vai ter que desagradar alguns “amiguinhos”.

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