quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


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Que rei sou eu?




Gerson Tavares

Quando um rei cai no esquecimento o melhor que ele tem a fazer é tirar a coroa, largar o cetro e trocar o trono por uma boa espreguiçadeira. E é mais ou menos assim que o Lula está se sentindo, depois que o ostracismo começou a rondar seus passos.

Tudo bem que ele está no Senegal para o Fórum Social Mundial que começou domingo, em Dacar, mas nada que possa preencher o vazio que está em seu peito. Dá para notar que o governo não está nem aí para esse Fórum, que a Dilma mandou o Gilberto Carvalho para representar o Brasil. Muito se fala que o Lula ainda está no comando da “marionete”, mas dá para notar que não é bem assim a coisa. O Lula foi para Dacar para encontrar com a Dilma e deu de da cara com o "Gilbertinho", dando a nítida demonstração que esse Fórum não é tão prioritário assim que mereça a presença do presidente de um país.

Mas voltando para o tema “governar”, todos diziam que o Lula estaria sempre puxando o cordãozinho e a “marionete” faria exatamente o que seria o comando do “todo poderoso”. Eu mesmo sempre achei que Lula havia escolhido à dedo a pessoa para assinar as suas decisões.

Em pouco mais de um mês, Dilma Rousseff pegou o baralho e passou a dar as cartas. Resolveu dar nova dinâmica em suas “andanças” e mudou o rumo de muitas coisas lá pelas bandas do Planalto. Nada que modifique resultados, mas como ela está agindo pode até camuflar muitos erros, coisa que o Lula não tinha inteligência para fazer.

Ela demonstra que não é tão “tapada” como se dizia. Aliás, se olharmos bem, quando ainda ministra de Lula ela já tinha esse cuidado, tanto é que sempre teve ao seu lado a Erenice Guerra, aquela “escudeira” que estava sempre pronta para assumir os erros. Hoje ela tem ao seu lado um Antonio Palocci que não é nenhum abade de convento.

Uma coisa ela até agora está tapando a boca de muita gente, inclusive a minha. Dilma não quer saber de adiar atitudes nas crises políticas. Já demitiu assessor que errou, mesmo colocando outro pior no lugar e forçou que outro se demitisse, também com a mesma intenção. Aliás, neste caso ficou provado que o pedido de demissão tinha uma boa razão, porque só assim Belo Monte está livre para destruir a natureza.

E numa coisa Dilma é convincente. Ela passa por cima de qualquer um para atingir um objetivo. E assim sendo, mesmo mantendo quase todos os ministros que o Lula sempre teve sob seu comando, hoje eles já nem ligam para o Lula. Ela está com a rédea na mão esquerda e na direita, mantêm o chicote.

E assim, Lula foi ao vento e perdeu o assento.

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