quinta-feira, 13 de janeiro de 2011



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Passaporte vermelho já é uma norma





Gerson Tavares

Infelizmente desde o início do ano de 2009 que o Itamaraty banalizou o passaporte diplomático. Deputados, senadores e toda a parentada, estão usando e abusando do “direito” de usar o passaporte diplomático, como se eles fossem alguma coisa no país. Depois dessa “sacanagem” toda, até que os parentes do ex-metalúrgico, ex-sindicalista e ex-presidente, não estão abusando tanto assim. Para um país sem regras, tudo que eles fazem acaba virando lei.

Passaportes diplomáticos estão sendo emitidos para todos os deputados e parentes que querem conhecer o mundo e fazer turismo, lógico, por “nossa” conta, na conta da “viúva”. Procurando saber quantos passaportes diplomáticos foram emitidos para esses “safardanas” chega-se a conclusão que pelo menos dois terços desses passaportes especiais solicitados pela Câmara dos Deputados ao Itamaraty, de fevereiro de 2009 até a sexta-feira passada, foram para mulheres, maridos e filhos dos parlamentares. E para que a coisa não pare por aí, cerca de 87% dos vistos internacionais para esses documentos tiveram motivação turística, segundo dados da própria Secretaria da Câmara que é responsável pela “sacanagem”.

Os destinos dessas viagens, inclusive durante o recesso parlamentar, são variados: Miami, Las Vegas, Nova York, Atlanta, Dubai, Vancouver, Austrália, Japão, entre outros lugares.

Os filhos de deputados que vão passar um período de estudos no exterior também viajam com o passaporte especial. Quem tem esse documento recebe privilégios em aeroportos, como filas e atendimentos especiais, prioridade em bagagens e, dependendo do país, fica até dispensado da necessidade de tirar visto.

De 2009 até a presente data, a Segunda Secretaria solicitou 662 vistos para viagens de deputados e parentes que têm esses documentos “sem vergonha”. Desses 662, foram usados para turismo 577. Assim sendo, apenas 69 cumpriam o objetivo de missão oficial, presumivelmente para trabalho.

Foram 360 os passaportes diplomáticos foram emitidos nestes últimos dois anos, segundo a própria Câmara. Mas como desde que o “pilantra” assume, ele já tem direito a solicitar o documento especial para ele e seus parentes. Se olharmos pelos dados da Casa, pelo menos 125 passaportes foram emitidos para filhos e 110 para cônjuges.

Já o Senado, pelo que informou, requereu ao Itamaraty nos últimos dois anos a emissão de "70" a "80" passaportes especiais. Mas como nem tudo é correto, o total de documentos diplomáticos solicitados pela Casa anualmente ou nos últimos oito anos é mantido em sigilo. O que é estranho é que no início de cada legislatura o Itamaraty recebe o pedido de emissão de passaportes especiais para os 81 senadores, mesmo que eles não façam a requisição.

Então diz aí, não temos que malhar essa “corja”? Então, “malho” neles!

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