terça-feira, 18 de janeiro de 2011



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Ministério Público está de “olho” em doações




Gerson Tavares




Não será só na Bahia, que contribuições eleitorais serão apuradas. Lógico que as de Wagner serão apuradas, mas no Rio Grande do Sul, cinco pessoas têm desaprovação de contas requerida. Nestes dois Estados, o Ministério Público Eleitoral tomou providências, logo após reportagem do jornal “O Estado de São Paulo” que falava das doações supostamente irregulares para candidatos nas eleições de 2010.

Na Bahia, foi aberto um procedimento para investigar as doações feitas pela UTC Engenharia ao governador Jaques Wagner (PT) e a mais dois deputados eleitos. Já no Rio Grande do Sul, foi solicitada ao TSE a desaprovação das contas de cinco candidatos que receberam doações da Interfarma.

O pior é que todos os partidos e políticos sabem que pela Lei Eleitoral, empresas concessionárias de serviço público e entidades de classe estão impedidas de fazer doações para campanhas. A UTC mantém contratos com a Petrobrás para exploração de petróleo e gás e a Interfarma é a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa.

Como “sacanagem” não tem partido, na Bahia, serão investigados os casos de Wagner e dos deputados ACM Neto (DEM) e Jutahy Júnior (PSDB). Lógico que a campanha de Wagner teria sido a que mais recebeu recursos diretos da UTC no País, R$ 2,4 milhões. Segundo a assessoria do governador, todas as prestações de contas de sua campanha estão dentro dos critérios da Lei Eleitoral e não receberam nenhum questionamento.

Também lá no Rio Grande do Sul, os partidos se unem na hora da “maracutaia”. Ali foi requerida a desaprovação das contas da campanha dos deputados eleitos Manuela D"Ávila (PCdoB), Onyx Lorenzoni (DEM), Renato Molling (PP), Osmar Terra (PMDB) e Darcísio Perondi (PMDB). O Ministério Público entende que a Interfarma é entidade representativa dos laboratórios farmacêuticos e defensora dos interesses do setor.

Mas como tudo em política tem que ser muito bem acertado antes de qualquer decisão, a Procuradoria-Geral da República está avaliando com cautela as ações do Ministério Público Eleitoral.

Segundo a assessoria da Procuradoria, inicialmente, há um entendimento de que é vedada a doação apenas de empresas que têm concessões de serviço público, o que, avalia, não seria o caso da UTC.

Isto só prova mais uma vez que “são todos uns vendidos” e no final desta história, o "lobo mau não vai comer nem a Chapeuzinho Vermelho e nem a vovózinha".

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