segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Troca de insultos entre PMDB e PT pode gerar descontentamento do Planalto





“Briga ácida” por Furnas
é lamentável, diz Temer



Em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” neste sábado, o vice-presidente da República, Michel Temer, repreendeu ontem "a briga lamentavelmente ácida" entre peemedebistas e petistas pelo comando de Furnas.

Temer afirmou que caberá ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), levar à presidente Dilma Rousseff três ou quatro nomes do partido com perfil técnico para que ela faça a escolha do novo presidente da estatal.

E Temer não tomando partido de um ou de outro foi muito aberto em sua posição: "No tocante a Furnas eu devo dizer que é muito inconveniente essa disputa entre membros do PT e do PMDB. É uma briga lamentavelmente ácida. Você pode brigar por espaço, mas de uma forma adequada. Tenho criticado essa disputa".

Responsável por apaziguar os ânimos do PMDB por conta dos cargos de segundo escalão, Temer enfatizou o acerto com Dilma para que o dirigente de Furnas seja técnico. Nomes como os dos senadores Hélio Costa (PMDB-MG) e Osmar Dias (PDT-PR) foram descartados.

"O nome pode ser do PMDB, mas um nome técnico, que tenha condições de gerir a empresa", insistiu Temer, que não fez comentários sobre as denúncias de irregularidades na estatal sob ingerência do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), causa da troca de acusações. Tudo faz crer que Carlos Nadalutti, que chegou ao comando da estatal pela indicação de Cunha, perderá o posto.

Em Porto Alegre, Dilma afirmou que todas as acusações envolvendo entes públicos serão investigadas. "Acredito que (o caso Furnas) já está com os órgãos competentes porque isso não é atual, acho que a Controladoria Geral da União (CGU) já tinha inclusive iniciado levantamento nesse sentido", afirmou a presidente.

Existe um “dossiê” dos trabalhadores da estatal, aliás, dossiê é coisa de petista, que fala em sobrepreços e atrasos nas obras das usinas de Simplício e Batalha e aponta algumas suspeitas em operações financeiras da estatal. Mas não podemos esquecer que em cargos-chave da estatal também estão muitos petistas ligados a presidente Dilma e que hoje lutam pelas obras de Belo Monte.

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