segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Doe Sangue e salve vidas
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Rio de Janeiro
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Eles estão aproveitando a ocasião





Gerson Tavares




Como diz o meu amigo José Cunha, filho de tigre nasce pintado. E eu digo que político tem DNA. Todos são iguais quando a oportunidade de aparecer chega, seja ela em evento festivo ou em desgraças como a que o Rio de Janeiro está passando nesses dias de chuva e terror.

A natureza não escolhe classe social e nesta calamidade que envolveu principalmente as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Sumidouro e Friburgo, quando sociedade e profissionais de segurança e resgate se desdobravam para salvar aqueles que ainda tentam sobreviver, os políticos não perderam a viagem.

O governador do Rio de Janeiro, como sempre, estava em viagem turística pelo exterior, mas na quinta-feira, já em “terra estranha” Sérgio Cabral e a presidente Dilma Rousseff fizeram um sobrevoou sobre Petrópolis e Teresópolis, sempre acompanhados de um bando de “urubus”. Já em Friburgo, desembarcaram do helicóptero e andando em meio à lama, sentiram de perto a desgraça daquelas pessoas que estão sem rumo em suas vidas. Perderam tudo que tinham e muitos deles perderam toda a família.

E aí começaram as promessas e o povo sofrendo. Dilma antes mesmo de pensar naqueles que estão sofrendo, falou que o importante é evitar novas ocupações. Mas será que ninguém mostrou a esta “senhora” que a água não atingiu só os ribeirinhos? Será que ela não notou que uma tromba d’água não escolhe lugar? Mas é hora de promessas e político que é bom, não perde oportunidade. Dilma já “deu”, de uma canetada só, R$ 700 milhões para o Ministério da Integração Nacional, atender vítimas das enchentes no Rio de Janeiro e São Paulo.

Lógico que dessa “dinheirama” toda, apenas R$ 40 milhões serão liberados imediatamente e que servirão para compra de “cestas básicas” para os desabrigados. Os outros R$ 660 milhões, para chegarem aos cofres das prefeituras, serão necessários que os prefeitos cumpram com a “famigerada” burocracia. Os prefeitos terão que decretar estado de emergência ou calamidade pública, como se todos nós não estivéssemos vendo a todo minuto pela televisão o que está acontecendo.

Mas como a coisa pode e deve ser mais dificultada, depois que as prefeituras apresentarem a papelada, será necessário que o ministério reconheça a situação como tal. Se por acaso o ministério colocar o “de acordo”, aí então será feita a publicação de uma portaria com a classificação e apresentação de projetos. Fácil, não?

Como todos nós sabemos, o tempo para o cumprimento dessa burocracia varia muito e tudo poderá demorar meses. Isto podemos ver pelas famílias do Morro de Bumba, em Niterói, que até hoje estão esperando pelas suas realocações e até mesmo o “aluguel social”. Mas a Dilma fez o seu papel. Apareceu para o mundo sobrevoando as áreas atingidas junto do governador Sérgio Cabral. E foi aí que eu fiquei pensando que não vi a Dilma fazer o mesmo lá nas cidades de São Paulo, que estão passando pelos mesmos problemas. Dilma se mostrou incapaz de ir até São Paulo para fazer um sobrevôo com o governador Geraldo Alckmim. Será que Dilma não lembra que ela em seu discurso de posse falou que “é presidente de todos os brasileiros”?

Quanto ao fato da presidente andar na lama de Friburgo, até que ela se deu bem porque lá era lama do barro das encostas. Em Brasília, ela pisa em “lama” de “excremento” que os seus aliados políticos fazem diariamente.

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